“Café com Deus Pai”: por que o católico deve mantê‑lo longe da sua mesinha de cabeceira
- Maycom Gossler

- 23 de abr.
- 11 min de leitura
Atualizado: 4 de mai.
O devocional Café com Deus Pai é escrito integralmente a partir de pressupostos protestantes (sola Scriptura, salvação só pela fé, eclesiologia invisível). Quando o católico o consome sem formação crítica, absorve três erros capitais:
- Reduz a salvação a um ato de fé subjetivo.
- Despreza a dimensão sacramental e hierárquica da Igreja.
- Alimenta uma “espiritualidade do atalho” que dispensa penitência e obediência.

Abaixo demonstramos cada ponto, cotejando passagens do livro com a doutrina católica explicada por Lúcio Navarro em A legítima interpretação da Bíblia.
1. O sermão‑armadilha reeditado em forma de devocional
Navarro cita em seu livro um pastor que, no rádio, proclamava: “todas as religiões pregam obras; nós pregamos fé”. Café com Deus Pai repete exatamente essa lógica, mas em pílulas motivacionais:
Página/meditação (ed. 2024) | Frase‑chave | Problema doutrinal |
05 fev. | “Para sermos de fato libertos, basta crer em Jesus.” | Contradiz Mt 19,17*(“guarda os mandamentos”). |
05 fev. | “Para sermos libertos de nossos pecados, basta ter fé” | Minimiza/exclui sacramentos instituídos por Cristo (Jo 3,5; 6,53* Mt 18, 15-18). |
23 jun. | “Igreja é onde dois ou três se reúnem, não importa a denominação.” | Suprime caráter visível e magistério Mt 16,18‑19*. |
Mateus 19:17*
¹⁷ E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
João 3:5*
⁵ Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
João 6:53*
⁵³ Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Mateus 18:15-18
¹⁵ Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
¹⁶ Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
¹⁷ E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
¹⁸ Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
Mateus 16:18,19*
¹⁸ E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
¹⁹ E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Diagnóstico: a obra se baseia na mesma falácia de texto‑prova isolado denunciada por Navarro. Cita Jo 3,16 e Ef 2,8 mas cala‑se sobre Tg 2,24 ou Rm 2:6-11.
João 3:16
¹⁶ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Efésios 2:8
⁸ Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Tiago 2:24
²⁴ Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
Romanos 2:6-11
⁶ O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber:
⁷ A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;
⁸ Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;
⁹ Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;
¹⁰ Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;
¹¹ Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
Até mesmo em uma obra infantil como o filme “O Rei dos Reis”, lançado em 2025 por uma produtora protestante, percebe‑se nitidamente essa ideia reducionista: a derradeira frase do roteiro proclama na ultima cena do filme, sem nuance, que “basta ter fé e você estará salvo”.
“Segundo a doutrina católica tradicional, ouvir e aderir a ensinamentos contrários à fé, quando se sabe que o conteúdo é herético, constitui matéria grave (cf. CIC 2089). Se acompanhados de plena consciência e pleno consentimento, esses atos configuram pecado mortal.”
Erro 1 — A fé reduzida a sentimento de certeza
Protestantes: “Aceite o amor do Pai e esteja seguro hoje mesmo de sua eternidade.
”Refutação: Para São Tiago, fé sem obras é morta (Tg 2,17).
Tiago 2:17
¹⁷ Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Navarro lembra que Paulo, em Ef 2,10, diz que fomos “criados para boas obras”. A certeza subjetiva proclamada pelo autor é o que Navarro chama de “salvação baratíssima”: presunção que desobriga ascese e vigilância (1 Cor 10,12).
Efésios 2:10
¹⁰ Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
1 Coríntios 10:12
¹² Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!
3. Erro 2 — Sacramentos transformados em ‘rituais humanos’
Protestantes: “Batismo é só um símbolo público.”Magistério: Batismo regenera (Jo 3,5; CIC 1213). Eucaristia é “fonte e ápice”.
Navarro: desprezar meios instituídos por Cristo equivale a amputar a graça cooperante — terceira coluna que protestantes ignoram. Resultado: a espiritualidade torna‑se puramente psicológica.
CIC 1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5).
João 3:5
⁵ Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
4. Erro 3 — Igreja invisível, autoridade subjetiva
O devocional incentiva que o leitor “busque uma comunidade bíblica, não tradições de homens”.
Navarro rebate com Rm 2,6‑16: sem autoridade visível, cada intérprete molda doutrina a gosto, gerando 45 000 denominações. A promessa de “unidade pela Bíblia” é falácia: texto sem intérprete autorizado fragmenta‑se.
5. Consequências pastorais para quem adota Café com Deus Pai
Relativismo sacramental – Missa torna‑se “opcional”.
Moral de conveniência – Mandamentos vistos como “legalismo”.
Desligamento eclesial – Confissão e direção espiritual perdem valor, expondo a fé ao individualismo.
6. Orientação prática ao católico
Risco | Contramedida católica |
Interiorizar “fé‑sola” | Rezar diariamente o Credo e ler Tg 2,14‑26* em lectio divina. |
Desprezar sacramentos | Participar de uma boa confissão mensal e comunhão frequente. |
Autointerpretação isolada | Estudar Dei Verbum e o Catecismo Maior de São Pio X, orientação com um bom padre. |
Tg 2,14-26* ¹⁴ De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?
¹⁵ Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia
¹⁶ e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?
¹⁷ Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.
¹⁸ Mas alguém dirá: "Você tem fé; eu tenho obras". Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras.
¹⁹ Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem!
²⁰ Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?
²¹ Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar?
²² Você pode ver que tanto a fé como as suas obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras.
²³ Cumpriu-se assim a Escritura que diz: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça", e ele foi chamado amigo de Deus.
²⁴ Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé.
²⁵ Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho?
²⁶ Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.
Dei Verbum
Catecismo de Adultos (Catecismo Maior de São Pio X)
7. Checklist para discernir qualquer devocionário
Criterioso com Tradição?
Reconhece e respeita a Tradição Apostólica — o conjunto vivo de ensinamentos transmitidos pela Igreja desde os Apóstolos (liturgia, credos, escritos patrísticos, decisões conciliares), e não apenas a Bíblia isolada.
Evita interpretações particulares que contradigam o que a Igreja sempre crê e ensina.
Cita ou dialoga com fontes católicas clássicas (Padres da Igreja, Concílios, Catecismo) quando aborda doutrina, em vez de ignorá‑las ou descartá‑las como “invenções humanas”.
Ser criterioso com a Tradição significa verificar se o material permanece em continuidade orgânica com aquilo que a Igreja tem ensinado ao longo dos séculos, sem cortes ou inovação.
Honra os sacramentos?
Reconhece que os sete sacramentos são instituidos por Cristo e, portanto, indispensáveis ou pelo menos ordinariamente necessários para a vida sobrenatural (Batismo para renascer, Eucaristia como alimento, Confissão para recuperar a graça, etc.).
Apresenta‑os como canais reais de graça, não meros símbolos – ou seja, admite que produzem o que significam (ex.: a água do Batismo lava de fato o pecado, a absolvição perdoa realmente).
Estimula a participação frequente e reverente, em vez de rebaixá‑los a “rituais humanos” facultativos.
-Mantém a doutrina católica sobre número, validade e ministros (por exemplo, só um sacerdote pode consagrar a Eucaristia, o Matrimônio é indissolúvel, etc.).
Se o material silencia sobre os sacramentos, os reduz a símbolos, incentiva a substituí‑los por gestos “mais modernos”, ou nega a presença real de Cristo na Eucaristia, ele não honra os sacramentos e deve ser usado – na melhor das hipóteses – apenas com senso crítico apologético, não como guia de espiritualidade católica.
Submete‑se ao Magistério?
Aceita a autoridade de ensino da Igreja – o Papa em comunhão com os bispos – como árbitro final sobre fé e moral (cf. Mt 16,18‑19; Lc 10,16).
Conforma suas afirmações àquilo que o Magistério já definiu em concílios, encíclicas, catecismos, documentos doutrinais.
Evita doutrinar contra posições oficiais (por exemplo, negar a presença real na Eucaristia, aprovar práticas morais condenadas, ou pregar que “só a fé basta” em oposição direta ao Concílio de Trento).
Cita, quando oportuno, fontes magisteriais – Catecismo da Igreja Católica, documentos pontifícios, Denzinger, etc. – mostrando adesão obediente, e não apenas opinião pessoal.
Reconhece limites pessoais de interpretação: se surgem passagens difíceis, remete ao ensinamento da Igreja em vez de impor leitura própria.
Em síntese, submeter‑se ao Magistério significa tratar a Palavra de Deus e a doutrina católica não como campo para invenções individuais, mas como herança viva protegida pelo Espírito Santo através da autoridade legítima da Igreja.
Integra fé e obras?
A fé autêntica exige ação concreta – caridade, obediência aos mandamentos, obras de misericórdia (Tg 2,14‑26; Mt 25,31‑46).
As boas obras são frutos e provas da graça – não “extra” opcional nem forma de “comprar” salvação, mas cooperação livre com o dom recebido (Ef 2,10; Fl 2,12‑13).
Não opõe fé a mandamentos – evita a falsa dicotomia “ou crer ou fazer”, mostrando que o cristão salvo pela graça demonstra essa salvação vivendo o Evangelho.
Valoriza as obras corporais e espirituais de misericórdia, a vida sacramental, a luta ascética, indicando caminhos práticos (confissão, esmola, jejum, serviço aos pobres).
Adverte contra o perigo da fé morta – mera convicção interior sem transformação de vida.
Se o livro ou pregador diz explicitamente (ou por omissão) que basta crer, que práticas e mandamentos são irrelevantes, ou que obras “não contam”, então não integra fé e obras e, para um católico, requer leitura crítica.
Se qualquer resposta for “não”, trate o texto como leitura apologética (para refutar) — não como alimento espiritual.
Por que um católico deve escolher um devocionário católico em vez do devocional Café com Deus Pai
Critério decisivo | Devocionário católico | Café com Deus Pai Protestante | Por que isso importa |
Doutrina da salvação | Une graça, fé e obras (Tg 2, Mt 25) | “Só a fé basta” | Evita presunção e mantém o evangelho completo |
Sacramentos | Apresenta‑os como canais reais de graça e orienta à Confissão e Eucaristia | Reduz Batismo e Eucaristia a símbolos ou “opções” | Os sacramentos são meios ordinários de salvação instituídos por Cristo |
Magistério | Cita Catecismo, Concílios, Papas; obedece à Igreja | Ignora ou relativiza autoridade católica | Garante unidade e protege contra interpretações particulares |
Tradição | Faz eco à liturgia, aos Padres da Igreja, aos santos | Apoia‑se apenas em leitura privada da Bíblia | A Tradição guarda o mesmo depósito da fé desde os Apóstolos |
Espiritualidade | Inclui penitência, jejum, obras de misericórdia | Espiritualidade “motivacional” sem ascese | A vida cristã exige conversão concreta, não só emoção |
Eclesiologia | Reconhece a Igreja visível, hierárquica | Propõe “igreja onde dois ou três se reúnem” | Mantém comunhão real com Corpo de Cristo, não individualismo religioso |
Formação da consciência | Ensina exame de consciência e moral católica | Silencia sobre confissão, moral objetiva | Forma católicos maduros para decisões éticas coerentes |
Unidade da fé | Leva ao mesmo credo professado mundialmente | Adere a princípios protestantes (sola fide, sola Scriptura) | Evita relativismo interno e risco de sincretismo |
Resumindo em 5 pontos
Fidelidade completa ao Evangelho
Um devocionário católico apresenta todo o conselho de Deus: fé, obras, graça, sacramentos, Magistério. Café com Deus Pai oferece apenas parte dele, filtrada por teologia protestante.
Alimento sacramental
Os devocionários aprovados pela Igreja remetem o fiel à Missa, Confissão, Adoração eucarística. O livro protestante não.
Segurança doutrinal
Usar textos em sintonia com o Catecismo evita erros de interpretação que, aceitos com plena consciência, podem constituir pecado grave.
Crescimento equilibrado
A espiritualidade católica integra mente, coração e corpo (oração, penitência, caridade). O devocional motivacional pode gerar ilusão de progresso sem mudança real de vida.
Comunhão eclesial
Permanecer na mesma “linguagem da fé” reforça a unidade da família católica; consumir material que nega pontos‑chave acaba criando distanciamento prático da Igreja.
Para quem deseja crescer na fé católica, um devocionário fiel ao Magistério é como comida sólida preparada pela própria Mãe Igreja. Café com Deus Pai, embora bem‑intencionado, serve um “menu” incompleto e, em certos aspectos, errado. O resultado pode ser indigestão espiritual — ou, pior, uma fé amputada de sacramentos e obras. Escolha alimentar‑se do que fortalece toda a alma, não do que oferece apenas calorias vazias.
8. Conclusão
Café com Deus Pai embala em linguagem doce o mesmo “sermão‑armadilha” que Lúcio Navarro desmontou há quase um século. Longe de ser “inofensivo”, infiltra reducionismos que corroem três alicerces da fé católica: graça sacramental, moral evangélica e unidade eclesial.
Guarde bem: “Para entrar na Vida, guarda os mandamentos” (Mt 19,17). Qualquer devocionário que afirme o contrário deve ficar fora da cabeceira de um católico.
Se, ao ler este artigo, você é católico e mesmo assim pensa: “Não vejo nada de errado; rezarei como quiser e interpretarei a Bíblia do jeito que me fizer sentir melhor”, ou ainda: “Todas as religiões levam ao mesmo Deus, não vejo problema em beber da mesma fonte dos protestantes”, sinto lhe dizer: isso está longe de ser um católico.
Ser católico não é questão de sentimentalismo, mas de aderir, com a razão e a vontade, às verdades reveladas por Deus. A Igreja não é o lugar onde buscamos apenas sentir‑nos bem; é o lugar onde a Verdade é proclamada e seguida. Ser católico é uma escolha séria: implica abraçar integralmente os ensinamentos da Igreja, e não selecionar doutrinas como quem monta um prato em um buffet — “aceito isto, mas aquilo não, porque é pesado demais.
Para os católicos é devido essa leitura:
Livro: MEDITAÇÕES PARA TODOS OS DIAS DO ANO (TRÊS TOMOS), tem a versão completa (VOLUME ÚNICO).
“Recomendo que, para a meditação, façais, em regra geral, uso dos meus livros. Digo isto, não para elogiar os meus pobres escritos, mas porque as meditações por mim compostas são cheias de afetos piedosos e o que é mais importante de santas orações, o que não vejo geralmente nos outros livros”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja).
Primeiro, é importante ter claro o que é a meditação ou a oração mental. Segundo o Padre Royo Marín, a meditação é a aplicação racional da mente a uma verdade sobrenatural para nos convencermos dela e nos movermos a amá-la e praticá-la com a ajuda da graça.
Sendo assim, neste livro nós temos todos os dias um texto contemplando alguma verdade sobrenatural, incluindo os afetos necessários para nos movermos a melhor amá-la e uma resolução prática para progredirmos na virtude com o auxílio de Nossa Senhora.
As meditações do Doutor Zelosíssimo são escritos de coração para coração. Ele nos conduz pela mão como bom pai espiritual que é, à imitação de São Paulo (1Cor 4, 14-15), até a “presença do Pai, ao qual deriva toda a paternidade no céu e na terra” (Ef 3, 15). Portanto, o único desejo que ardia em seu coração apostólico, e que também inflama essas páginas, está resumido no pedido de São João: “Filhinhos, não amemos de palavras nem de boca, mas sim de atitudes e em verdade” (1 Jo 3, 18).
Além disso, os dois cumes da liturgia católica são tratados de uma ponta a outra, incluindo um amplo apêndice com novenas, festas de santos, meditações reservas, dentre outras devoções. A divisão ocorre da seguinte maneira:
• Tomo I: desde o primeiro domingo do Advento até a Semana Santa.
• Tomo Ⅱ: desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes.
• Tomo Ⅲ: desde a Duodécima Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico.





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