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Santa Joana D'Arc

Salve Maria.

Você conhece a verdadeira história da Santa Joana D´Arc? Ela é padroeira da França e foi uma guerreira e santa em vida. Veja a sua marcante história e a oração da Santa Joana D´Arc.


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Quis Deus salvar a França do domínio inglês, na Idade Média, e em vez de fazer nascer entre os filhos dessa nação um grande general, chamou para realizar sua obra uma donzela, inocente pastorinha da Lorena.

De repente, um país derrotado e decadente, retalhado pela ambição, governado por um príncipe fraco e hesitante, ressuscita ao ouvir a convocação de Joana. Sua voz virginal dá força aos fracos, coragem aos covardes e fé aos descrentes. Sua inocência infunde terror nos inimigos, restaura a pureza dos devassos. Seu nome é um brado de guerra. Sua figura, um estandarte imaculado.

Em sua curta vida, conheceu os esplendores da glória e as humilhações da mais vil perseguição: a da calúnia – último recurso dos invejosos, arma traiçoeira dos infames, que poupa o corpo e fere a honra.

Condenada à morte como bruxa, reduzida a cinzas pelo fogo, sua inocência triunfou nos altares para todo o sempre: Santa Joana d’Arc.

Origem

Joana nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, pertencente ao Ducado de Lorena, na França. Filha de camponeses trabalhadores e honrados, ela viveu ali sua infância, como qualquer outra menina de sua idade. Ocupava-se de trabalhos domésticos e, às vezes, pastoreava rebanhos de ovelhas do pai.

Chamada desde criança Desde

a infância Joana demonstrava uma piedade singular. Sentia-se atraída à contemplação, gostava de subir a lugares elevados para contemplar o panorama. Gostava muito de participar das celebrações na igreja e teve grande interesse em aprender o catecismo e a doutrina católica.

Um anjo guiando nos caminhos de Deus

Aos treze anos Joana começou a ouvir uma voz, que lhe orientava no caminho de Deus. Veja como ela mesma narrou esses fatos com muita simplicidade: "Quando eu tinha mais ou menos 13 anos, ouvi a voz de Deus que veio ajudar-me a me governar. Eu ouvi a voz do lado direito, quando ia para a Igreja. Depois que ouvi esta voz três vezes, percebi que era a voz de um anjo. Ela me ensinou a me conduzir bem e a frequentar a igreja". Há um detalhe muito importante nessa fala: segundo ela mesma afirma, a voz veio para ajudá-la a governar a si mesma, ou seja, o anjo de Deus ensina a adolescente Joana a ter autodomínio, um fruto do Espírito Santo. Mais tarde ela descobriu que era São Miguel Arcanjo quem falava com ela e que ela deveria partir em socorro do rei da França.

A França em grande sofrimento

Há setenta e cinco anos a França sofria demasiadamente vivendo a chamada “Guerra dos cem anos”. Tal guerra se dava contra a Inglaterra. A França, então um dos grandes países católicos, sofria a tentativa de invasão por parte dos ingleses desde 1337. A França, por sua vez, vinha dividida por discórdias internas e queda na moral e na religião. Em 1420 o rei francês perdeu o trono para o rei inglês e a França corria o risco de deixar de existir como país.

A hora de Santa Joana D’Arc

Ao completar 17 anos, a voz vinda do céu avisou a Joana que sua hora de agir tinha chegado. Então, ela saiu da casa de seus pais e conseguiu convencer um Capitão francês chamado Roberto de Baudricourt a leva-la até o rei “não empossado” da França, Carlos VII, que estava em Chinon. Joana dizia ser da vontade de Deus que Carlos recebesse a coroa e que ela, Joana, tinha sido chamada para liderar os exércitos da França na expulsão dos ingleses.

Comprovação na corte real

Depois de superar grandes dificuldades, Santa Joana chegou à corte real. Era o dia 6 de março de 1429. Para testar a veracidade do que ouvira dizer sobre Joana, o rei disfarçou-se na sala e colocou um falso rei no trono. Quando Santa Joana foi apresentada ao falso rei, não deu a ele nenhuma importância. Imediatamente passou a procurar entre os presentes no recinto até encontrar Carlos, que estava escondendo-se em um canto. Fixando nele o olhar, fez-lhe a devida reverência e disse: "Muito nobre senhor Delfim (rei), aqui estou. Fui enviada por Deus para trazer socorro a vós e vosso reino". Todos os presentes ficaram assombrados e aclamaram calorosamente a jovem e santa Joana.

À frente dos exércitos

Depois de ouvir atentamente a Joana, Carlos VII colocou os exércitos franceses à disposição dela. E ela partiu liderando os guerreiros para as batalhas decisivas. A presença de Santa Joana, virgem, cheia de inocência, sabedoria e força, impunha grande respeito e dava novo ânimo aos soldados. Como medida de união, ela proibiu a bebida alcoólica e os jogos entre os soldados. Além disso, convenceu os soldados a se confessarem e comungarem para enfrentar os ingleses com o poder de Deus.


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Grandes vitórias

Os conselhos de guerra de Santa Joana nunca falharam, deixando grandes generais cheios de admiração. Sob sua liderança, os exércitos franceses acumularam vitórias importantíssimas. Em meio às batalhas, ela sempre portava um estandarte com a imagem de Cristo e os nomes: Jesus e Maria. Graças a Santa Joana D’Arc o ideal de unificação renasceu na França, bem como a esperança de reconquistar o que tinha sido perdido para os ingleses. Por isso, o povo não se cansava de manifestar gratidão e apoio a Santa Joana.

O rei francês é coroado

Graças à liderança de Santa Joana D’Arc, Carlos foi coroado em 17 de julho de 1429. Ela estava lá, a seu lado, portando seu estandarte. Embora alguns territórios estivessem ainda sob o domínio inglês, o reino da França tinha sido restaurado graças a Santa Joana D’Arc.

Ingratidão

Carlos VII, sentindo-se firme e poderoso no trono, esqueceu-se da gratidão que devia a Santa Joana D’Arc e abandonou-a. Ela, por sua vez, continuou a luta, por amor a seu país e para ver seu povo livre dos sofrimentos impostos pelos ingleses. Assim, na tentativa de salvar a cidade de Compiègne da mão dos ingleses, ela acabou presa e levada a um falso tribunal de Inquisição, chefiado por um bispo corrupto, que recebera grande soma para condenar a santa. Assim, apesar da defesa feita assombrosa pela própria Joana, inspirada por Deus, sem um defensor do Estado a que tinha direito, ela foi condenada por bruxaria e heresia.

Morte

Assim, Santa Joana D’Arc recebeu a pena de ser queimada em praça pública. Aconteceu no dia 30 de maio de 1431, quando ela tinha apenas dezenove anos. Amarrada, no meio das chamas, com os olhos fixos em seu crucifixo, ela entregou sua vida sem esmorecer, cumprindo sua missão e afirmando crer naquela voz do anjo que guiou seus passos e libertou a França através dela. O julgamento dela foi promovido pelo Bispo Pierre Couchon, que se vendeu aos ingleses tendo em vista seu interesse pela diocese de Paris. Foi antes de mais nada, um julgamento político. Vale a pena argumentar também que Santa Joana D"arc, antes de começar a sua luta contra os invasores Ingleses, passou por uma comissão de teólogos e bispos franceses que consideraram as visões e mensagens que recebia livres de heresia.

Santa Joana D’Arc: exemplo de santidade na política

Em uma de suas audiências gerais (26/01/2011) o Papa Bento XVI falou sobre Santa Joana D’Arc e destacou seu “belo exemplo de santidade para os leigos empenhados na vida política, sobretudo nas situações de maior dificuldade”.

O Sumo Pontífice lembrou que Santa Catarina de Siena e Santa Joana D’Arc são as figuras mais características de “mulheres fortes” que, no fim da Idade Média, mostraram sem medo a luz do Evangelho em momentos difíceis da história.

O Santo Padre salientou a força das mulheres em episódios cruciantes da história. Recordou o exemplo de Nossa Senhora e de Santa Maria Madalena: “Podemos escutar as santas mulheres que permaneceram no Calvário, próximas a Jesus crucificado e a Maria, Sua mãe, enquanto os apóstolos fugiram e o próprio Pedro negou Jesus três vezes.”

Santa Joana D’Arc

Bento XVI lembrou que Santa Joana D’Arc viveu num período conturbado da história da Igreja e da França: ela nasceu em 1412, quando existia um Papa e dois anti-papa. Junto com este cisma na Igreja, aconteciam contínuas guerras entre as nações cristãs da Europa. A mais dramática delas foi a “Guerra dos Cem Anos”, entre França e Inglaterra.

“A compaixão e o empenho da jovem camponesa francesa diante do sofrimento do seu povo tornou mais intenso o seu relacionamento místico com Deus”, explicou o Papa.

Santidade na Contemplação e ação

O Pontífice recordou que um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem foi a ligação entre a experiência mística e contemplativa e a missão e ação política: “Depois dos anos de vida oculta e crescimento interior, seguem dois anos, curtos, mas intensos, de sua vida pública: um ano de ação e um ano de paixão”.

Paz e justiça entre os cristãos

O futuro Rei da França, Carlos VII, rendeu-se aos conselhos da camponesa de Domremy, depois de ela passar por exames de teólogos.

A proposta que ela tinha era de uma verdadeira paz e justiça entre os povos cristãos, à luz dos nomes de Jesus e Maria. Esta proposta foi rejeitada e Joana, então, se engaja na luta pela libertação de seu país em 8 de maio 1429.

“Joana vive com os soldados, levando a eles uma verdadeira missão de evangelização. Muitos testemunham sua bondade, sua coragem e sua extraordinária pureza. É chamado por todos, como ela mesma se definia, ‘la pucelle’, a virgem”, conta o Papa.

Amar a Igreja

“No amor de Jesus, Joana encontra a força para amar a Igreja até o fim, também no momento de sua condenação”, enfatiza o Santo Padre.

Por fim, Bento XVI afirma que o luminoso testemunho de Santa Joana D’ Arc convida a um alto padrão de vida cristã: “fazer da oração o fio condutor dos nossos dias, tendo plena confiança no cumprimento da vontade de Deus, seja ele qual for; viver a caridade sem favoritismos, sem limites, e atingindo, como ela, no Amor de Jesus, um profundo amor pela Igreja”.

Santa Joana D’Arc, foi canonizada pelo Papa Bento XV, em 1920. (JG).

Leia mais: Santa Joana d’Arc: uma saga, um mito, um poema

Oração a Santa Joana D’Arc

“Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração de Santa Joana d'Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Santa Joana D'Arc, intercedei por nós.

In corde Jesus, semper.

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