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Imediatismo

A internet e as mídias sociais nos ajudam a otimizar nossas vidas diárias, fornecendo informações e recursos de forma rápida e fácil. No entanto, eles também aumentam o imediatismo inerente a todos nós, criando um senso de urgência que pode levar à ansiedade e ao estresse.

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Com os avanços da tecnologia, agora vivemos em um mundo globalizado. Somos constantemente bombardeados com informações de várias fontes e estamos sempre conectados aos nossos smartphones, computadores ou tablets.

Também precisamos ser rápidos para entender e responder a essas informações. Tudo tem que ser feito imediatamente, no presente. Parece que ninguém sabe mais esperar; paciência se tornou algo raro.


Esse padrão de comportamento é chamado de cultura do imediatismo, que vem afetando nossa maneira de lidar com o passado, o presente e o futuro — é como se a linha do tempo passasse a ser apenas um instante prolongado indefinidamente.

A cultura do imediatismo mudou a forma como nos relacionamos com o tempo. O tempo não é mais linear. Em vez disso, é experimentado no momento presente

Há, ainda, um contraponto: o presente passa rápido e despercebido porque se pensa muito no momento seguinte.


Tudo ao mesmo tempo e agora


O ser humano sempre quis tudo para agora. Isso fica claro no comportamento das crianças, que têm dificuldade de abrir mão de um desejo imediato em detrimento de algo maior e mais significativo no futuro.


Costumávamos ser ensinados a ser pacientes porque tudo acontecia mais devagar. Com a internet e as mídias sociais, as coisas começaram a acontecer rapidamente e nos acostumamos com isso.


Se os adultos, que viveram essa transição se sentem assim, imagine as crianças, que nasceram nesse mundo conectado, com soluções rápidas e práticas (não necessariamente eficientes) para os nossos problemas?


Sentimos dificuldade em sair do círculo imediatista porque essa cultura nos envolve de tal maneira que ficamos paralisados. Isso acontece porque, a todo momento, surgem coisas novas e nos sentimos sempre na obrigação de dar conta de tudo.


Portanto, perdemos a capacidade de planejar e de priorizar nossas atividades, o que pode transformar o cotidiano em um verdadeiro caos.


Os resultados são catastróficos. Estresse, ansiedade, transtornos psicológicos, irritabilidade, falta de paciência, intolerância com o diferente, além dos impactos ambientais e sociais.


A cultura do imediatismo na infância – como lidar


As crianças, além de sofrerem a influência dos adultos, pois reproduzem os comportamentos da família e de outras pessoas com quem convivem, são expostas cada vez mais cedo aos estímulos da tecnologia digital.


Uma das principais consequências do contato com um mundo em que tudo tem que ser agora é o desenvolvimento da ansiedade ainda na infância. É importante que famílias, escolas e sociedade prestem atenção nisso, pois saber esperar e ter paciência são habilidades que precisam ser ensinadas e estimuladas.


Trata-se de um aprendizado emocional, que deve ser incentivado especialmente pela família, impondo limites e dizendo “não”. Assim, a criança pode começar a entender a importância de esperar a hora certa para cada coisa.


Aprendizado pelo exemplo


Como já mencionei, desde pequenos, reproduzimos o que os adultos à nossa volta fazem. Para que as crianças aprendam a esperar, é preciso que a própria família seja o exemplo e, portanto, seja paciente.


É fundamental estar sempre disposto a conversar com calma com os filhos, ensinando-os a refletir, e não os responder de maneira rápida e superficial. Além disso, quanto menor a criança, mais ela pode demorar para cumprir uma tarefa.


Na correria, muitas vezes ficamos impacientes e terminamos a tarefa por elas, mas é importante evitar esse comportamento e criar uma rotina que permita à criança trocar-se, guardar brinquedos, se alimentar, etc. com tranquilidade. Se você “passar por cima dela” e terminar as tarefas com rapidez, ela vai encarar isso como um padrão a ser imitado.


Imposição de limites


Toda criança passa por uma fase difícil para os pais, quando começa a desafiar a família e outras pessoas próximas. Nessa hora, é muito importante saber dizer “não”, pois a falta de limites pode ser um grave erro na criação dos filhos.


Proibir determinadas atividades e condutas é fundamental para que os pequenos entendam a diferença entre o que é certo e o que é errado e saibam como se comportam em cada situação da vida.


Lidar com a cultura do imediatismo e ensinar as crianças a não se tornarem escravas dela é um dos desafios que pais e mães enfrentam. Mas estar ciente dessa questão é o primeiro passo para uma vida mais saudável.


Se você achou nossas dicas úteis, compartilhe o texto em seus canais de mídia social para que outras pessoas também possam aprender sobre a cultura do imediatismo.

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