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MATERNIDADE


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Vivemos em um “mundo imediatista”, onde as pessoas “buscam o prazer e fogem da dor”.

Essas são frases conhecidas , que descrevem o comportamento atual de grande parte da sociedade, porém quando tentamos encaixá-las no mundo da maternidade, elas não servem bem e levam muitas mães à frustração, à sensação de carregar um fardo grande demais e de insuficiência.

Assim como uma planta cresce apenas milímetros a cada dia, uma criança demora em média 40 semanas nascer e muito mais tempo para aprender a andar, a ir ao banheiro sozinha, comer com as próprias mãos e tomar as próprias decisões com consciência reta. Para quem acompanha essas fases de longe, parece pouco tempo, mas para a mãe que sente na carne as delícias e dores da maternidade, pode ser um tempo bem longo, tudo depende de seu estado espiritual, emocional, intelectual e físico. Então, começa aí a necessidade da mãe desenvolver uma virtude, aquela que primeiro deve ecoar no seio materno: a paciência.

Como dizia o Padre Francisco Faus, “A virtude da paciência é a capacidade de padecer dignamente, a arte de sofrer bem, e mais concretamente a paciência cristã é a virtude que nos dá, com a graça divina, a capacidade de sofrer, de suportar as contrariedades e a dor – especialmente quando se prolongam – com fé, esperança e amor”.

Todas as fases do desenvolvimento de um ser humano exigem muito da mãe essa paciência cristã. Não é fácil colocar as necessidades do outro por primeiro, deixar de lado nosso egoísmo, comer comida fria, deixar de assistir um filme inteiro, estudar sobre a educação, enquanto podíamos aproveitar o cochilo do bebê e descansar também, etc.

Exercitar a paciência cristã nos ajuda a passar pelas dificuldades entregando-as a Deus em expiação dos nossos pecados, e acima de tudo, marcar em nosso coração, que o objetivo final da educação dos filhos é prepará-los e ajudá-los a alcançar o céu. Com esse objetivo em mente, cada dificuldade, cada demora no aprendizado, cada resposta diferente da que esperávamos, cada contrariedade, pode ser elevada de um nível superior (que vai além da reclamação material constante), a uma entrega sem reservas à Deus.

Não, a maternidade não é fácil, nunca ouvi alguém dizer que é, mas como disse São Paulo aos Timóteos: “ela [a mulher] poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade." Então, se o direito à salvação nos foi merecido pelo sangue do Cristo (vítima inocente que deu sua vida na cruz), como podemos nós merecer nossa salvação sem sacrifício? Isso não seria justo e sabemos que Deus é misericórdia e justiça.

Já dizia Santa Teresa D’Ávila: “É justo que muito custe o que muito vale”, assim é importante ser paciente, aprender a sofrer bem, pois o que está sob nossa responsabilidade não é pouco, ao contrário, é algo extremamente valioso, um talento que nos foi confiado e devemos devolver tendo-o feito frutificar, ou seja, devemos educar bem para devolver à Deus os filhos que Ele nos confiar.

Para finalizar, deixo uma poesia escrita por Santa Teresa D’Ávila:


"Nada te perturbe, Nada te espante.

Tudo passa. Só Deus permanece. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta: Só Deus basta. Eleva o pensamento. Ao céu sobe. Por nada te angusties. Nada te perturbe. A Jesus Cristo segue,

Com grande entrega, E, venha o que vier, Nada te espante. Vês a glória do mundo? É glória vã; Nada tem de estável, Tudo passa. Deseje as coisas celestes,

Que sempre duram; Fiel e rico em promessas, Deus não muda. Ama-o como merece, Bondade Imensa; Quem a Deus tem,

Mesmo que passe por momentos difíceis; Sendo Deus o seu tesouro,

Nada lhe falta. SÓ DEUS BASTA!"



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