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O grande vilão


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É lamentável ver tanta gente implorando por aplausos, curtidas, seguidores ou viewers, mas que não tem a capacidade de perceber o vazio que cresce dentro de si. Tanta gente desejando idolatrias em seu ego, mas sem se dar conta do horrível narcisista que está se tornando. Uma geração triste por não ser amada por pessoas desconhecidas, mas incapaz de observar o desleixo e a destruição das relações com quem importa de verdade.


Quando a busca por aplausos é a regra da existência, tua vida se torna um circo. Daqueles que os animais parecem felizes e brigalhões durante o espetáculo. Mas uma visita aos bastidores revela a cruel realidade de dor e angustia. Podemos observar essa nova geração em duas camadas, vida real e a virtual. Onde vemos que na primeira camada existem pessoas depressivas, invejosas e com defeitos e na segunda camada são felizes, caridosas, perfeitas e até inteligentes, pessoas mentindo ter uma vida perfeita.


Quando utilizamos as redes para esse fim, estamos trilhando um caminho direto para uma depressão, pois do mesmo jeito que você finge ser alguém que não é, ao observar outras contas saberá que a sua é uma farsa e irá concluir que a vida do outro é perfeita. Isso gera um efeito dominó de depressões e de falsas percepção.


Vivemos uma geração de cobranças, onde "você é aquilo que você posta". Quanto mais rico, mais popular. Quanto mais sensual, mais likes. Pessoas tem se afundado todos os dias na depressão e ansiedade por não atingir o alto padrão que o Instagram promove, onde "a vida de todo mundo é perfeita e a minha não", "onde todo mundo é bonito e eu não", "onde as coisas estão dando certo para todo mundo, menos para mim".


Se o Instagram acabasse amanhã̃, muita coisa iria mudar. Tem gente que se sentiria perdida. Outros poderiam finalmente se encontrar. Se as redes sociais chegassem ao fim, alguns que se julgam semideuses, voltariam a ser apenas humanos. O tribunal virtual não ia ter mais como julgar a vida alheia.


Muita gente que se diz “influenciador” teria que estudar para aprender a influenciar de verdade. Se o Instagram acabasse amanhã̃, talvez os relacionamentos voltassem a durar, talvez deixássemos de ser só mais um número, talvez tudo voltasse a ser normal. Se o Instagram acabasse amanhã̃, eu voltaria a escrever “o que” e “quando” eu quisesse, e não “o que” ou “quando” eu acho que vocês gostariam de ler. Percebem a diferença?


As pessoas voltariam a se preocupar em viver e não em mostrar que estão vivendo. A notícia voltaria a ser dada por quem realmente pode assumir a responsabilidade por ela. A conquista deixaria de ser no like e voltaria a ser no olho a olho. Se esse mundo virtual chegasse ao fim, o abraço voltaria a ser mais sincero. Os amigos voltariam a ser aqueles que realmente te conhecem e se preocupam com você̂. Os idiotas não teriam tanta voz. Os invejosos não teriam tanta vez. As pessoas voltariam a se preocupar mais com a própria vida.


Se o Instagram acabasse amanhã̃, quantos amigos de verdade lhe restariam? Quantas pessoas estariam de fato próximos a você̂? Quantos desses, que dizem que te querem bem, continuariam ao seu lado? Se isso tudo acabasse amanhã̃, eu continuaria escrevendo, porque é isso que eu amo fazer. E você̂? O que faria? Bom. Talvez eu seja só́ mais um velho que sente falta do mundo antes de tudo isso. Ou talvez você̂ seja só́ mais um jovem que não percebe o quão idiota é a forma que tem vivido. Se o Instagram acabasse amanhã̃, então descobriríamos qual de nós dois está com a razão.



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